O ministro Alexandre de Moraes (STF) — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Dos 152 deputados que assinaram o último pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, apresentado nesta segunda-feira (9), pelo menos dez são alvos de inquéritos comandados pelo próprio ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Todos bolsonaristas, eles são investigados nos inquéritos das fake news, das milícias digitais, dos atos golpistas de 8 de Janeiro, das joias sauditas e da “Abin paralela”.
Na lista estão Alexandre Ramagem (PL-RJ), André Fernandes (PL-CE), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Filipe Barros (PL-PR), General Girão (PL-RN), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Zé Trovão (PL-SC), todos integrantes do partido de Jair Bolsonaro.
Além do impeachment de Moraes, o grupo também apoiou em conjunto a soltura do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado pela Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A medida foi determinada por Alexandre de Moraes em março deste ano e confirmada depois pela Primeira Turma do STF. A prisão de Brazão acabou referendada pelo plenário da Câmara por 277 votos – apenas 20 votos a mais que os 257 necessários.
Nenhum senador assinou o pedido de impeachment de Moraes por uma “filigrana jurídica”. De acordo com eles, como cabe aos próprios senadores julgar os ministros do Supremo, não subscrever a petição evitaria possíveis questionamentos de impedimento caso o processo seja aberto um dia.
Dos parlamentares que assinam o 23º pedido de impeachment que mira Alexandre de Moraes no Senado, 75 são do PL, de longe a sigla que mais endossou a nova ofensiva contra o magistrado – a petição também é apoiada por 20 deputados do União Brasil, 16 do PP, 10 do MDB, 9 do PSD e sete do Republicanos.
Mas uma ausência chama a atenção entre os alvos de Moraes que assinaram o impeachment.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que entrou na mira das investigações da trama golpista após a Polícia Federal encontrar elementos de que a estrutura do partido foi usada para ajudar na confecção da minuta golpista que implementaria um golpe contra Lula. No inquérito, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, já informou haver indícios da participação de Valdemar no “sistema delituoso”.
Conforme informou a colunista Bela Megale, Valdemar fez uma passagem-relâmpago ao ato pró-impeachment de Moraes na Avenida Paulista no último 7 de Setembro, limitando-se a andar por cerca de um quilômetro na Avenida Paulista com um grupo de aliados – mas sem subir no trio elétrico em que Bolsonaro discursou.
Questionado pelo blog se apoia o impeachment de Moraes, Valdemar não havia respondido até a publicação desta reportagem.
Antes da manifestação na Avenida Paulista, Valdemar chegou a acionar o ex-presidente Michel Temer para marcar uma audiência com o ministro do Supremo.
Um dos objetivos do encontro era convencer Moraes a recuar da proibição de Valdemar manter contato com Bolsonaro, em vigor desde fevereiro deste ano. Como se viu, não deu em nada.
Fonte: O GLOBO
Dos 152 deputados que assinaram o último pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, apresentado nesta segunda-feira (9), pelo menos dez são alvos de inquéritos comandados pelo próprio ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Todos bolsonaristas, eles são investigados nos inquéritos das fake news, das milícias digitais, dos atos golpistas de 8 de Janeiro, das joias sauditas e da “Abin paralela”.
Na lista estão Alexandre Ramagem (PL-RJ), André Fernandes (PL-CE), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Filipe Barros (PL-PR), General Girão (PL-RN), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Zé Trovão (PL-SC), todos integrantes do partido de Jair Bolsonaro.
Além do impeachment de Moraes, o grupo também apoiou em conjunto a soltura do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado pela Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A medida foi determinada por Alexandre de Moraes em março deste ano e confirmada depois pela Primeira Turma do STF. A prisão de Brazão acabou referendada pelo plenário da Câmara por 277 votos – apenas 20 votos a mais que os 257 necessários.
Nenhum senador assinou o pedido de impeachment de Moraes por uma “filigrana jurídica”. De acordo com eles, como cabe aos próprios senadores julgar os ministros do Supremo, não subscrever a petição evitaria possíveis questionamentos de impedimento caso o processo seja aberto um dia.
Dos parlamentares que assinam o 23º pedido de impeachment que mira Alexandre de Moraes no Senado, 75 são do PL, de longe a sigla que mais endossou a nova ofensiva contra o magistrado – a petição também é apoiada por 20 deputados do União Brasil, 16 do PP, 10 do MDB, 9 do PSD e sete do Republicanos.
Mas uma ausência chama a atenção entre os alvos de Moraes que assinaram o impeachment.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que entrou na mira das investigações da trama golpista após a Polícia Federal encontrar elementos de que a estrutura do partido foi usada para ajudar na confecção da minuta golpista que implementaria um golpe contra Lula. No inquérito, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, já informou haver indícios da participação de Valdemar no “sistema delituoso”.
Conforme informou a colunista Bela Megale, Valdemar fez uma passagem-relâmpago ao ato pró-impeachment de Moraes na Avenida Paulista no último 7 de Setembro, limitando-se a andar por cerca de um quilômetro na Avenida Paulista com um grupo de aliados – mas sem subir no trio elétrico em que Bolsonaro discursou.
Questionado pelo blog se apoia o impeachment de Moraes, Valdemar não havia respondido até a publicação desta reportagem.
Antes da manifestação na Avenida Paulista, Valdemar chegou a acionar o ex-presidente Michel Temer para marcar uma audiência com o ministro do Supremo.
Um dos objetivos do encontro era convencer Moraes a recuar da proibição de Valdemar manter contato com Bolsonaro, em vigor desde fevereiro deste ano. Como se viu, não deu em nada.
Fonte: O GLOBO
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