Em um caso, já foram mais de 15 eleições
Urna eletrônica: nomes que já apareceram várias vezes — Foto: Leo Martins
Porto Velho, Rondônia - O Brasil tem um grupo de figurinhas carimbadas nas urnas eleitorais que não importa o ano, não importa o cargo, o eleitor vai receber o seu santinho como opção de voto. Apesar das inúmeras tentativas, no entanto, esses brasileiros ,— que tentam um cargo desde a década de 1990 — ainda não conseguiram a chance que precisavam para mudar de time e entrar na seleção dos eleitos.
Entre eles, está Cyro Garcia (PSTU), candidato à prefeitura do Rio pela quinta vez. Sua foto também apareceu nas urnas como candidato ao governo do estado em ao menos duas eleições, além das tentativas de conseguir uma cadeira na Câmara Municipal, no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.
Cyro chegou a assumir como suplente, por dez meses, a vaga do deputado federal Jamil Haddad, que se afastou do mandato para assumir o cargo de Ministro da Saúde, em 1992. Desde então, não se elegeu.
Bancário, advogado e sindicalista, Cyro afirma que sua candidatura tem o objetivo de se "contrapor de fato a todos os outros candidatos que estão a serviço do capitalismo". Na tentativa de apresentar uma candidatura "alternativa socialista e revolucionária", Cyro aposta nas redes sociais e na campanha boca a boca para conseguir um espaço para suas propostas.
No Piauí, o sonho de ter Lula como cabo eleitoral
Joaquim Saraiva Floriano, de 61 anos, tenta alcançar um cargo público no Piauí desde 1992. O mais próximo que chegou foi em 2020 e 2022, quando conseguiu a vaga de suplente como deputado estadual e federal, respectivamente. Neste ano, estará nas urnas como candidato a vereador em Itaueira.
Atualmente no PT, o torneiro mecânico, que agora se declara agricultor para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já teve passagem pelo Republicanos, Patriota, PSDC, DEM, PR, PTB, PT do B, PSB. São tantos partidos que chega a falhar a memória da lista.
A primeira disputa foi logo como prefeito de Floriano, algo incomum na trajetória tradicional de um político — costumeiramente com o primeiro passo é na casa legislativa. Foram 152 votos, insuficientes para elegê-lo. Desde então, busca uma chance na política para conseguir construir um centro olímpico no Piauí.
Joaquim costuma fazer suas campanhas correndo, literalmente, e deseja ter o presidente Lula, seu grande ídolo, como cabo eleitoral. Apesar de estar no PT, o sonho de fazer campanha ao lado de Lula ainda não será realizado nesta eleição.
17ª eleição
Em sua 17º eleição, Haroldo Dartagnan, de 68 anos, tenta mais uma vez se eleger a vereador e Belo Horizonte. Na urna, seu nome também já apareceu como candidato a deputado estadual, e a deputado federal.
Atualmente no AGIR, Haroldo já concorreu pelo PCdoB, PDT, Solidariedade, PSL, PV, PT e PPL.
Fonte: O GLOBO
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