Tremor de magnitude 5,3 foi registrado nesta segunda-feira na costa de Setubal e foi sentido em Lisboa e Porto
Ilustração da capa do livro 'O último dia do mundo', de Nicholas Shrady, sobre o terremoto de Lisboa de 1755 — Foto: Reprodução
Um terremoto de magnitude 5,3 atingiu Portugal na madrugada desta segunda-feira. Segundo a imprensa local, o epicentro do abalo foi registrado às 5h11 (horário local). Episódio sísmico é considerado o maior no país desde o fim da década de 1960. Há quase 270 anos, o país sofreu um dos maiores abalos sísmicos da história, e um dos desastres naturais mais mortais que o mundo já viu.
Na época, dezenas de milhares de pessoas morreram e a capital Lisboa foi destruída com o abalo que pôde ser sentido em grande parte da Europa Ocidental e na costa noroeste da África. Foram três tremores no total, sendo o segundo avaliado entre 8,5 e 9 na escala Richter, com duração de cerca de 3 minutos. O evento sísmico foi acompanhado por um tsunami e incêndios subsequentes, que causaram uma destruição massiva na cidade.
O terremoto ocorreu em um momento em que Lisboa era um importante centro comercial e político da Europa. Embora a causa exata ainda seja discutida, acredita-se que o terremoto foi causado pelo movimento das placas tectônicas na região do Atlântico Norte.
A maioria dos edifícios da cidade colapsou. Estima-se que entre 30.000 e 100.000 pessoas tenham morrido devido ao terremoto, ao tsunami e aos incêndios que se seguiram. A destruição e o número elevado de mortes levaram a uma crise econômica e social significativa.
Na época, foi Marquês de Pombal, ministro de Portugal, que liderou a reconstrução de Lisboa. Ele implementou novas normas de construção para tornar os edifícios mais resistentes a futuros terremotos e introduziu reformas urbanísticas que moldaram a cidade moderna.
O evento também teve um impacto profundo na filosofia e na ciência. O terremoto influenciou pensadores como Voltaire e Rousseau, que refletiram sobre a natureza da tragédia e a resposta das instituições sociais e religiosas.
Fonte: O GLOBO
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