De acordo com o boletim hídrico, no período de 24 de junho a 1° de julho, o Rio Madeira apresentou nível de 4,2 metros

Porto Velho, Rondônia - 
Preocupado com os fenômenos climáticos e a consequente estiagem dos rios em Rondônia, decorrentes do fenômeno El Niño, o governo do estado divulga, semanalmente o Boletim Hídrico, que aponta os níveis dos principais rios que banham a região. A medida faz parte das ações do Comitê de Crise Hídrica, instituído por meio do Decreto n° 28.613, de 28 de novembro de 2023. O comitê tem como missão articular ações integradas em resposta às situações emergenciais, ocorridas nos municípios, integrado por representantes de diversos órgãos do governo, como a Defesa Civil, planejamento, economia, agropecuária, meio ambiente, vigilância em saúde, comunicação e distribuição de água.

O comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO), coronel Nivaldo de Azevedo, que lidera o comitê, destaca que a comissão segue monitorando de perto os níveis dos rios e implementando ações rápidas para mitigar os impactos da estiagem. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com diversos órgãos e municípios, para garantir que as medidas necessárias sejam tomadas, visando a segurança e o bem-estar da população. Contamos com a colaboração de todos para atravessarmos esse período crítico com resiliência e responsabilidade”, evidenciou.

BOLETIM HÍDRICO

De acordo com o último boletim hídrico, divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e Defesa Civil Estadual, no período de 24 de junho a 1° de julho, o nível do Rio Madeira apresentou 4,2 metros. No mesmo período em 2023, atingiu 7,17 metros e em 2022, 5,43 metros. Confira aqui o último Boletim.

PAINEL EL NIÑO

Segundo pesquisa do Painel El Niño, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o diagnóstico de chuvas abaixo da média em grande parte da região Norte, nos últimos meses, liga um sinal de alerta para o período seco deste ano, com impactos que podem novamente provocar problemas de navegabilidade nos rios, desabastecimento, incêndios florestais, dentre outros.