Porto Velho, Rondônia - Funcionando há mais de 50 anos, a Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, prédio histórico de Porto Velho, que teve recentemente sua estrutura totalmente restaurada com acervo catalogado e salas climatizadas, se tornou referência na acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência visual, através da Sala de Braile.
Há mais de 20 anos a sala foi adaptada para atender pessoas com deficiência visual, baixa visão e cega. Trata-se de uma sala totalmente aparelhada com materiais pedagógicos, máquina de escrita em braille, impressora braille, lupa eletrônica e manual, computadores adaptados, centenas e livros em braille, livros com letra ampliada e audiolivros. Além de aparelhos tecnológicos como o OrCam MyEye, um óculos de inteligência artificial que escaneia e transforma instantaneamente os textos em áudio. A aquisição foi possível através de parceria entre a Prefeitura de Porto Velho e o governo do Estado.
Com a parceria da Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (Asdevron), desenvolvem inúmeras ações para o público-alvo da sala braille. Toda essa estrutura faz parte do projeto ‘Tempo de Inclusão”, estruturado desde 2019, e de acordo com a professora Elani Lacerda, foi implementado pelo diretor, Carlos Augusto da Silva, que procurou readaptar o projeto, para atender as demandas e necessidades trazidas pelos frequentadores da sala. Por dia, a sala recebe entre cinco a dez pessoas, conforme esclarece a servidora municipal.
Para Sebastiana, projeto ajuda as pessoas a não ficarem reféns das suas deficiências
“ No projeto são oferecidas aulas de Orientação e Mobilidade, que visa orientar os deficientes visuais nas ações de mobilidade, como por exemplo, andar de bengala, solicitar auxílio, andar com guias videntes; Atividades da Vida Diária, que auxilia no processo de adaptação a nova realidade a ser vivenciada pela perda da visão, a sala ainda oferece as aulas de Tecnologia Assistiva com as ferramentas tecnológicas dos programas DOSVOX e NDVA”, explica a professora.
Elani Lacerda ainda esclarece que a adaptação de cada pessoa é induvial, uma vez que o processo de aprendizagem depende de vários fatores, como os aspectos emocionais, tempo de perda da visão.
A pedagoga e servidora municipal, Sebastiana da Silva Santana, que perdeu sua visão em 2016 por conta de um glaucoma, se sente feliz em auxiliar as pessoas que tiveram, assim como ela, que buscar a superação de sua deficiência através do acesso ao conhecimento. Para ela, a importância desse projeto é que as pessoas não fiquem refém das suas deficiências e possam estar incluídas no processo de conhecimento, no mercado de trabalho e exercendo suas atividades diárias de uma forma melhor.
Os equipamentos e materiais ficam à disposição dos usuários com deficiência visual na Sala de Braile
“Há oito anos, com 57 anos de idade, tive que buscar forças para me superar e sair da depressão causada pela perda da visão, pois as escolas não quiseram me aproveitar nesse processo de inclusão no mercado de trabalho, foi uma época muito difícil, mas graças a um amigo que me trouxe aqui na biblioteca, pude aprender o braile e mais tarde, fui convidada a trabalhar ensinando outras pessoas a superar seus desafios, assim como eu”, lembra emocionada.
AGENDAMENTO E HORÁRIOS
A Biblioteca Municipal Francisco Meirelles está situada à rua Dom Pedro II, 826, no Centro. Para se cadastrar, o interessado deve levar documento com foto e comprovante de residência atualizado. Para os portadores de deficiência visual, deve apresentar junto com os documentos, o laudo médico atestando a deficiência.
A biblioteca conta com cerca de 30 funcionários para o atendimento e organização do acervo e duas servidoras que fazem o cadastro das aulas da Sala de Braile. Para os livros em braile, o empréstimo é de 30 dias. Já para os comuns, o prazo de empréstimo é de sete dias. Os equipamentos e materiais ficam à disposição dos usuários com deficiência visual na Sala de Braile da biblioteca.
Também há uma extensão da biblioteca que funciona na Praça CEU, na zona Leste de Porto Velho. O atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço).
Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
Há mais de 20 anos a sala foi adaptada para atender pessoas com deficiência visual, baixa visão e cega. Trata-se de uma sala totalmente aparelhada com materiais pedagógicos, máquina de escrita em braille, impressora braille, lupa eletrônica e manual, computadores adaptados, centenas e livros em braille, livros com letra ampliada e audiolivros. Além de aparelhos tecnológicos como o OrCam MyEye, um óculos de inteligência artificial que escaneia e transforma instantaneamente os textos em áudio. A aquisição foi possível através de parceria entre a Prefeitura de Porto Velho e o governo do Estado.
Com a parceria da Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (Asdevron), desenvolvem inúmeras ações para o público-alvo da sala braille. Toda essa estrutura faz parte do projeto ‘Tempo de Inclusão”, estruturado desde 2019, e de acordo com a professora Elani Lacerda, foi implementado pelo diretor, Carlos Augusto da Silva, que procurou readaptar o projeto, para atender as demandas e necessidades trazidas pelos frequentadores da sala. Por dia, a sala recebe entre cinco a dez pessoas, conforme esclarece a servidora municipal.
Para Sebastiana, projeto ajuda as pessoas a não ficarem reféns das suas deficiências
“ No projeto são oferecidas aulas de Orientação e Mobilidade, que visa orientar os deficientes visuais nas ações de mobilidade, como por exemplo, andar de bengala, solicitar auxílio, andar com guias videntes; Atividades da Vida Diária, que auxilia no processo de adaptação a nova realidade a ser vivenciada pela perda da visão, a sala ainda oferece as aulas de Tecnologia Assistiva com as ferramentas tecnológicas dos programas DOSVOX e NDVA”, explica a professora.
Elani Lacerda ainda esclarece que a adaptação de cada pessoa é induvial, uma vez que o processo de aprendizagem depende de vários fatores, como os aspectos emocionais, tempo de perda da visão.
A pedagoga e servidora municipal, Sebastiana da Silva Santana, que perdeu sua visão em 2016 por conta de um glaucoma, se sente feliz em auxiliar as pessoas que tiveram, assim como ela, que buscar a superação de sua deficiência através do acesso ao conhecimento. Para ela, a importância desse projeto é que as pessoas não fiquem refém das suas deficiências e possam estar incluídas no processo de conhecimento, no mercado de trabalho e exercendo suas atividades diárias de uma forma melhor.
Os equipamentos e materiais ficam à disposição dos usuários com deficiência visual na Sala de Braile
“Há oito anos, com 57 anos de idade, tive que buscar forças para me superar e sair da depressão causada pela perda da visão, pois as escolas não quiseram me aproveitar nesse processo de inclusão no mercado de trabalho, foi uma época muito difícil, mas graças a um amigo que me trouxe aqui na biblioteca, pude aprender o braile e mais tarde, fui convidada a trabalhar ensinando outras pessoas a superar seus desafios, assim como eu”, lembra emocionada.
AGENDAMENTO E HORÁRIOS
A Biblioteca Municipal Francisco Meirelles está situada à rua Dom Pedro II, 826, no Centro. Para se cadastrar, o interessado deve levar documento com foto e comprovante de residência atualizado. Para os portadores de deficiência visual, deve apresentar junto com os documentos, o laudo médico atestando a deficiência.
A biblioteca conta com cerca de 30 funcionários para o atendimento e organização do acervo e duas servidoras que fazem o cadastro das aulas da Sala de Braile. Para os livros em braile, o empréstimo é de 30 dias. Já para os comuns, o prazo de empréstimo é de sete dias. Os equipamentos e materiais ficam à disposição dos usuários com deficiência visual na Sala de Braile da biblioteca.
Também há uma extensão da biblioteca que funciona na Praça CEU, na zona Leste de Porto Velho. O atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço).
Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
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